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12º Seminário de Agroecologia e Desenvolvimento Territorial (SEADET)
As mudanças climáticas, resultantes do acúmulo de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera, representam um dos maiores desafios para a humanidade. A velocidade com que essas transformações vêm ocorrendo, assim como suas consequências, deve ser analisada tanto em âmbito global quanto local. No semiárido do Nordeste brasileiro — reconhecido como um hotspot climático — os cenários atuais mostram-se cada vez mais desafiadores.
Nesse contexto, é urgente discutir os impactos das mudanças climáticas, assim como as estratégias de mitigação e adaptação para a região. Estudos indicam que a Caatinga, bioma predominante no semiárido, é uma das áreas mais vulneráveis às alterações climáticas, apresentando uma forte tendência à aceleração dos processos de desertificação.
A produção de alimentos, que depende das chuvas, enfrenta um futuro incerto diante do aquecimento global, impactando diretamente a agricultura familiar. A viabilidade das culturas de sequeiro torna-se cada vez mais limitada, impactando diretamente a sociedade nordestina — inicialmente os agricultores familiares e, progressivamente, toda a população.
Diante disso, o 12º SEADT propõe debater temas relacionados à emergência climática e seus efeitos no semiárido, com foco em questões de grande relevância técnica e científica nos campos da Agroecologia e do Desenvolvimento Territorial.
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Não há um consenso sobre o conceito de Agroecologia Política. Contudo, trata-se de um dos temas mais atuais no campo da Agroecologia no mundo, mas principalmente na América Latina. Pode ser entendida como a aplicação da ecologia política a agricultura e a alimentação. Nessa perspectiva, faz uma crítica às relações de poder exercidas pelas corporações do setor agroindustrial e financeiro sobre o sistema agroalimentar. Também defende a transformação das instituições reguladoras desses sistemas agroalimentares, ao estudar e buscar formas mais adequadas de incidir nas instâncias de poder e empregar instrumentos que propiciem as mudanças instituições. Por um lado, contrapõe-se ao crescente controle corporativo sobre as formas de organização da produção, da transformação, da distribuição e do consumo de alimentos. Pois parte do princípio de que a sustentabilidade alimentar não será alcançada apenas por medidas tecnológicas de redesenho dos agroecossistemas de maneira sustentável ainda que sejam fundamentais. Mas por mudanças profundas no marco institucional vigente. E, por outro lado, apoia fortemente o fortalecimento dos contramovimentos de resistência ao regime agroalimentar corporativo. Embora pouco visíveis e dispersos esses contramovimentos estão amplamente difundidos em todo mundo e se expressam em uma miríade de experiências sociais exitosas, porém de abrangência localizada. E é precisamente como ampliar a escala dessas experiências e incidir politicamente sobre as instituições o que tem balizado o debate no campo agroecológico atualmente. Fala-se para tanto em escalamento horizontal (distribuição geográfica) e vertical (de natureza institucional) ou ampliação (“scaling-up”) e extensão (“scaling-out”) da Agroecologia. Contudo, ainda não está bem claro o papel de cada um dos atores envolvidos, seja de forma específica no processo de transição agroecológica, seja na esfera institucional. Ou seja, há ainda um diálogo a ser feito, principalmente se tratando do âmbito territorial, cujo cenário em geral revela-se espaço de disputa e de conflitos. Qual seria, por exemplo, o papel do Estado ao conceber políticas públicas, de modo a atender os fundamentos da Agroecologia Política? Como fica a multidimensionalidade da sustentabilidade se a dimensão política passar a ser prioritária? O fato é que a Agroecologia Política revela e aponta um caminho possível, porém novo, na busca da sustentabilidade, entendida como melhorias na qualidade de vida dos atores sociais, gestão ecologicamente adequada da natureza e dos seus recursos, autogestão, autonomia e autossuficiência dos grupos sociais do campo. Razão pela qual, o tema merece um aprofundamento e uma reflexão crítica que dê conta de explicitar essas dúvidas, ademais de gerar conhecimentos úteis tanto para a academia quanto para os sujeitos da Agroecologia. E isso se pretende categoricamente fazer COM esses sujeitos da Agroecologia no 2º Congresso Internacional de Agroecologia e Desenvolvimento Territorial e no 11º Seminário de Agroecologia e Desenvolvimento Territorial.
Nesse sentido, a oportunidade de reunir um conjunto de experts de renome internacional e representantes de ONG e dos movimentos sociais será de grande valia do ponto de visita da construção coletiva do conhecimento agroecológico e ampliação da Agroecologia nos territórios.

Com muita alegria e boas expectativas, chegamos a 10ª edição do Seminário de Agroecologia e Desenvolvimento Territorial (SEADET). O tema deste ano é – Direitos da natureza, sustentabilidade e agroecologia: construindo novas relações com a terra. As inscrições para submissão de trabalhos, nas modalidades: resumo expandidos; resumos simples; vídeos e áudios, estão abertas até o dia 4 de agosto de 2024.
O evento é realizado pelo Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial (PPGADT), em nível Doutorado Profissional, na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). No entanto, além desta Universidade, o Programa é constituído numa associação de Universidades da Região Nordeste do Brasil, que envolve a Universidade Federal do Vale do São Francisco e a Universidade do Estado da Bahia, para potencializar o desenvolvimento Agroecológico e Territorial, de modo interdisciplinar.


12º Seminário de Agroecologia e Desenvolvimento Territorial (SEADET)
As mudanças climáticas, resultantes do acúmulo de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera, representam um dos maiores desafios para a humanidade. A velocidade com que essas transformações vêm ocorrendo, assim como suas consequências, deve ser analisada tanto em âmbito global quanto local. No semiárido do Nordeste brasileiro — reconhecido como um hotspot climático — os cenários atuais mostram-se cada vez mais desafiadores.
Nesse contexto, é urgente discutir os impactos das mudanças climáticas, assim como as estratégias de mitigação e adaptação para a região. Estudos indicam que a Caatinga, bioma predominante no semiárido, é uma das áreas mais vulneráveis às alterações climáticas, apresentando uma forte tendência à aceleração dos processos de desertificação.
A produção de alimentos, que depende das chuvas, enfrenta um futuro incerto diante do aquecimento global, impactando diretamente a agricultura familiar. A viabilidade das culturas de sequeiro torna-se cada vez mais limitada, impactando diretamente a sociedade nordestina — inicialmente os agricultores familiares e, progressivamente, toda a população.
Diante disso, o 12º SEADT propõe debater temas relacionados à emergência climática e seus efeitos no semiárido, com foco em questões de grande relevância técnica e científica nos campos da Agroecologia e do Desenvolvimento Territorial.
Não há um consenso sobre o conceito de Agroecologia Política. Contudo, trata-se de um dos temas mais atuais no campo da Agroecologia no mundo, mas principalmente na América Latina. Pode ser entendida como a aplicação da ecologia política a agricultura e a alimentação. Nessa perspectiva, faz uma crítica às relações de poder exercidas pelas corporações do setor agroindustrial e financeiro sobre o sistema agroalimentar. Também defende a transformação das instituições reguladoras desses sistemas agroalimentares, ao estudar e buscar formas mais adequadas de incidir nas instâncias de poder e empregar instrumentos que propiciem as mudanças instituições. Por um lado, contrapõe-se ao crescente controle corporativo sobre as formas de organização da produção, da transformação, da distribuição e do consumo de alimentos. Pois parte do princípio de que a sustentabilidade alimentar não será alcançada apenas por medidas tecnológicas de redesenho dos agroecossistemas de maneira sustentável ainda que sejam fundamentais. Mas por mudanças profundas no marco institucional vigente. E, por outro lado, apoia fortemente o fortalecimento dos contramovimentos de resistência ao regime agroalimentar corporativo. Embora pouco visíveis e dispersos esses contramovimentos estão amplamente difundidos em todo mundo e se expressam em uma miríade de experiências sociais exitosas, porém de abrangência localizada. E é precisamente como ampliar a escala dessas experiências e incidir politicamente sobre as instituições o que tem balizado o debate no campo agroecológico atualmente. Fala-se para tanto em escalamento horizontal (distribuição geográfica) e vertical (de natureza institucional) ou ampliação (“scaling-up”) e extensão (“scaling-out”) da Agroecologia. Contudo, ainda não está bem claro o papel de cada um dos atores envolvidos, seja de forma específica no processo de transição agroecológica, seja na esfera institucional. Ou seja, há ainda um diálogo a ser feito, principalmente se tratando do âmbito territorial, cujo cenário em geral revela-se espaço de disputa e de conflitos. Qual seria, por exemplo, o papel do Estado ao conceber políticas públicas, de modo a atender os fundamentos da Agroecologia Política? Como fica a multidimensionalidade da sustentabilidade se a dimensão política passar a ser prioritária? O fato é que a Agroecologia Política revela e aponta um caminho possível, porém novo, na busca da sustentabilidade, entendida como melhorias na qualidade de vida dos atores sociais, gestão ecologicamente adequada da natureza e dos seus recursos, autogestão, autonomia e autossuficiência dos grupos sociais do campo. Razão pela qual, o tema merece um aprofundamento e uma reflexão crítica que dê conta de explicitar essas dúvidas, ademais de gerar conhecimentos úteis tanto para a academia quanto para os sujeitos da Agroecologia. E isso se pretende categoricamente fazer COM esses sujeitos da Agroecologia no 2º Congresso Internacional de Agroecologia e Desenvolvimento Territorial e no 11º Seminário de Agroecologia e Desenvolvimento Territorial.
Nesse sentido, a oportunidade de reunir um conjunto de experts de renome internacional e representantes de ONG e dos movimentos sociais será de grande valia do ponto de visita da construção coletiva do conhecimento agroecológico e ampliação da Agroecologia nos territórios.
Com muita alegria e boas expectativas, chegamos a 10ª edição do Seminário de Agroecologia e Desenvolvimento Territorial (SEADET). O tema deste ano é – Direitos da natureza, sustentabilidade e agroecologia: construindo novas relações com a terra. As inscrições para submissão de trabalhos, nas modalidades: resumo expandidos; resumos simples; vídeos e áudios, estão abertas até o dia 4 de agosto de 2024.
O evento é realizado pelo Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial (PPGADT), em nível Doutorado Profissional, na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). No entanto, além desta Universidade, o Programa é constituído numa associação de Universidades da Região Nordeste do Brasil, que envolve a Universidade Federal do Vale do São Francisco e a Universidade do Estado da Bahia, para potencializar o desenvolvimento Agroecológico e Territorial, de modo interdisciplinar.